Quando vai chegando a estação do calor é certo a mídia começar a alertar sobre uma epidemia de dengue que só faz aumentar todo ano. As medidas preventivas passam na TV e outros veículos de comunicação no início da época mais quente do ano. Mas será que só devemos nos preocupar em combater as larvas dos mosquitos nesse período?! Por que o Brasil tem crescido tanto em relação a dengue? A proposta aqui é responder essas perguntas e não mais te ensinar a colocar terra nos vasos das plantas (que você já sabe e é muito importante, mas precisamos saber um pouco mais do que do que isso).
Agora Conheça alguns dos motivos que explicam os surtos de dengue no Brasil
Tipos de Vírus:
Existem quatro tipos de vírus da dengue. No Brasil, circulam quatro deles: 1, 2, 3 e 4. As pessoas que já se infectaram com um dos tipos de dengue tornam-se imunes a esse tipo, mas ficam suscetíveis aos demais. Além disso, quando uma versão do vírus atinge uma região e retorna anos depois, ele vai infectar as pessoas que não estavam no local durante a primeira infestação – em geral, os mais jovens ou novos moradores. O atual surto se deve ao tipo 1, que circulou com maior intensidade na década de 90 e voltou a predominar em alguns Estados no final de 2009.
Condições urbanas:
O mosquito tem hábitos urbanos e se desenvolve dentro das casas. Além disso, com a expansão populacional e das cidades, existe maior acúmulo de lixo e entulho. Locais com água parada e limpa, como terrenos baldios, casas fechadas, caixas d’água abertas, calhas, pneus e telhas, favorecem os focos do mosquito.
Condições climáticas:
O calor e o aumento das chuvas no verão contribuem para a proliferação dos criadouros do mosquito. Já o excesso de água, por outro lado, não favorece aos criadouros. Os grandes temporais acabam exterminando esses focos. O Aedes aegypti gosta de água limpa e parada.
Articulação dos governos:
Para conter a dengue, o Ministério da Saúde repassa os recursos para Estados e municípios, que definem quanto será investido no combate à doença, conforme o cenário local. Portanto, essa tarefa é dividida. Para que esse modelo funcione, as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) precisam estar articuladas. O ministério admite que esse é um trabalho de difícil execução e que não envolve apenas os setores de saúde, o que complica ainda mais o trabalho.
Proliferação do mosquito:
A dengue já atinge áreas que antes estavam livres do mosquito. Em 1995, o Aedes aegypti, que transmite a doença, estava presente em 1.753 municípios brasileiros. Hoje ele se encontra em 4.007 localidades, o que equivale a 80% das cidades brasileiras. Com isso, mais pessoas ficam expostas ao mosquito.
Transporte de pessoas e de cargas:
Como existem mais pessoas fazendo viagens e mais produtos sendo transportados, aumentam as chances
de pessoas infectadas irem para locais livres da doença. Se elas forem picadas pelo mosquito, o vírus então começa a circular nessas regiões.
E não podemos esquecer da novidade do verão! A Dengue tipo quatro (ou D-4). O Ministério da Saúde determinou que a Dengue do tipo 4 passa a ter a notificação obrigatória pelas unidades de saúde de todo o país.
A medida se justifica devido ao fato de mais de um ano de análise, e que já havia sido considerado como recomendação pela Organização Mundial da Saúde. Isso vai facilitar a análise dos dados referentes à circulação do vírus da dengue-4 pelo Brasil, que já foi verificado em estados do Norte, principalmente em Roraima.
Espera-se agora uma epidemia nacional de Dengue para o ano que vem (2011) e a possível circulação do vírus do tipo 4 aumenta as chances de uma grande epidemia.
Mas, para dar uma aliviada na pressão é preciso lembrar no entanto que o tipo 4 não é o mais grave nem o mais letal, mas no entanto devido a pouca circulação desse tipo de Dengue no Brasil, em havendo a disseminação, a epidemia é questão de lógica pois a população é totalmente vulnarável a esse tipo do vírus.
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