"O sabiá no sertão quando canta me comove
Passa três meses cantando e sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação de só cantar quando chove."

sábado, 11 de setembro de 2010

O mito da seca no Nordeste


“O Nordeste é menos favorecido em razão da seca”
Já é hora de mudarmos certos conceitos que os mais poderosos veículos de comunicação impõem a nós de uma maneira grosseira e tendenciosa.
Para tentarmos entender, de fato, o que realmente acontece com o nordeste e a “falta de água” vamos entender o conceito de seca.
Seca é um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas.
Até esse ponto, você tem todo o direito de acreditar no que lhe foi apresentado até então, mas vamos nos aprofundar mais no assunto e ver uma realidade que não é discutida por aí.
Apesar de várias partes da região nordeste ser semi-árida, existem embaixo do solo os chamados aqüíferos (reservas de água subterrânea) que servem para resolver grande parte dos problemas de abastecimento. Estados como Maranhão e Piauí, por exemplo, estão assentados sobre uma grande bacia sedimentar - a Parnaíba-Maranhão - onde o volume estimado de água disponível é de 17,5 mil km³, cerca da metade da capacidade da represa de Sobradinho. Nesses Estados só falta água para quem não tem como explorar poços de água subterrânea, seja por falta de dinheiro ou de informação.
A questão da seca não se resume à falta de água. A rigor, não falta água no Nordeste. Faltam soluções para resolver a sua má distribuição e as dificuldades de seu aproveitamento.
Segundo Andrade, Manoel Correia é "necessário desmitificar a seca como elemento desestabilizador da economia e da vida social nordestina e como fonte de elevadas despesas para a União [...] desmitificar a idéia de que a seca, sendo um fenômeno natural, é responsável pela fome e pela miséria que dominam na região, como se esses elementos estivessem presentes só aí"
São notícias como essas que devem circular com mais freqüência, para que então as pessoas possam expandir seu conhecimento e ver como somos entorpecidos o tempo todo por informações deturpadas para que continuemos alienados. Vamos acordar para o que realmente importa porque conhecimento é a base de tudo.

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